domingo, 22 de agosto de 2010

Poliana se sentiu mal




- Eu me senti muito mal desde o começo. Quando a gente estava esperando a largada, eu já estava com muito frio, mas não gosto de desistir no meio da prova. Quando estava chegando na terceira volta, comecei a não sentir mais as minhas extremidades. Aí fiquei com medo de acontecer algo mais grave e decidi parar. A água mais fria em que já tinha nadado tinha temperatura de 17 graus. Igual a essa, eu nunca tinha nadado - disse Poliana.

Treinador e marido, Ricardo Cintra não se conformava com as condições a que os atletas foram submetidos.

- Quando eu vi que ela estava ficando para trás das outras meninas, percebi que havia algo errado. Ela virou e disse "não estou conseguindo nadar". Falei para ela parar. Em primeiro lugar, penso na saúde dela. Para mim, pouco importa se ela vai ganhar ou perder. Mas é uma coisa muito triste, pois a gente conseguiu com muito esforço vir para cá. E a política é quem sempre manda. Em Roberval, no Canadá, onde foi feito o Mundial, estava um frio desgraçado e não tinha condição nenhuma de acontecer a competição lá, mas, por causa da política, aconteceu. Ou seja: o atleta faz papel de palhaço. Treina o ano inteiro para chegar lá e a água estar 16 graus. Não tem condição - disse Ricardo.

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